São Paulo / SP - terça-feira, 19 de março de 2024

Reposição Hormonal-Implantes Subdérmicos-Por uma Melhor Qualidade de Vida

Reposição Hormonal Implantes Subdermicos

 

Implantes Subdérmicos ou Implantes Hormonais são cápsulas ou bastonetes de silicone semipermeáveis de grau médico – siloxano –, medindo de 3 a 5 cm de comprimento por 2 milímetros de diâmetro. Liberam lenta e continuamente na corrente sanguínea, baixas doses de hormônios:

- Progestogenios: semelhante ao hormônio natural, progesterona existente no corpo feminino. Possuem ação contraceptiva prolongada – até cinco anos –, tem alta eficácia, segurança, tolerabilidade, reversibilidade, facilidade de inserção ou remoção e baixos índices de efeitos colaterais. Inibe a ovulação e aumenta a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração do espermatozóide.

- Gestrinona: é um esteróide que auxilia no tratamento da endometriose pélvica, miomas uterinos e também utilizado como método anticoncepcional , tratamento da TPM e baixa da libido, e pode ser associado ao estrogênio no tratamento da osteopenia.

- Estrogênios: hormônio feminino produzido a partir da adolescência até a menopausa. É fabricado pelos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual. Dentre outras funções, é responsável pelas características física feminina devido ao estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. Responde também pelo equilíbrio entre as gorduras no sangue. A diminuição de estrógenos pode causar depressão, medo, apreensão, irritabilidade e insegura. É importante para o revestimento interno do útero, endométrio e no ciclo menstrual.

- Testosterona: hormônio masculino, onde no homem é produzido pelos testículos e na mulher, em menor quantidade, pelos ovários e glândulas supra-renais. Atua no crescimento dos ossos e influencia o desenvolvimento de praticamente todos os órgãos. É o principal hormônio ligado ao ganho de massa muscular e a diminuição da gordura corporal. De forma contrária, a deficiência desse hormônio está associado à perda de massa muscular, perda de força, acúmulo de gordura corporal, sintomas de cansaço, indisposição e perda do desejo.

A colocação dos implantes é um procedimento ambulatorial feito por um profissional médico capacitado para este fim. É inserido cirurgicamente no antebraço ou na região glútea, com anestesia local.

De modo semelhante a outros métodos contraceptivos que utilizam progestagênio isolado, o efeito adverso com maior incidência é a desestruturação do ciclo menstrual habitual, podendo ocorrer irregularidade, períodos de ausência ou, ocasionalmente, sangramento uterino aumentado. É mais frequente no primeiro ano de uso, com diminuição nos subseqüentes.

 

Outras Indicações

Os Implantes Subdérmicos de progestógenos e gestrinona, também são utilizados como opção terapêutica no tratamento de algumas doenças ou distúrbios:

Dismenorréia
Endometriose
Hemorragia Uterina Disfuncional
Tensão Pré-Menstrual (TPM)

Contra-indicação

Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Câncer de Mama
Cefaléia - Enxaqueca com aura, em qualquer idade
Cirrose Intensa
Doença Cardíaca Isquêmica - Atual e Pregressa
Embolia Pulmonar Aguda (EP)
Lactação – menos de 6 semanas após o parto
Lupos Eritematose Sistêmico (LES) – Anticorpos antifofolides positivos ou desconhecidos
Sangramento Vaginal Inexplicável – Antes da avaliação
Trombose Venosa Profunda Aguda (TVP)
Tumores Hepáticos – Adenoma hepatocelular ou hepatoma

Interação medicamentosa

Anticonvulsivantes
Antiretrovirais
Rifampicina

Os implantes não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), inclusive HIV/AIDS. Se houver risco, devem ser associados ao preservativo.

Referências Bibliográficas

FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Critérios Médicos de Elegibilidade da OMS para uso de Métodos Anticoncepcionais, 4º edição, 2010

FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação em Anticoncepcionais, 4º edição, 2010.

Hidalgo MM, Lisondo C, Juliato CT, et al. Ovarian cysts in users of Implanon and Jadelle subdermal contraceptive implants. 2006

Jain J; Jakimiuk AJ; Bode FR; Ross D; Kaunitz AM. Contraceptive efficacy and safety of DMPASC. 2004.

Mansour D; Korver T; Marintcheva-Petrova M; Fraser IS. The effects of Implanon on menstrual bleeding patterns. 2008.

Meirik O, Fraser IS, d'Arcangues C; ImplantableContraceptives for Women. 2003.

WHO, World Health Organization. Medical eligibility criteria for contraceptive use, 4th ed. Geneva, 2009 .


 Autor:    Dra. Renata Zito

 Coautor: Sônia Regina Juliani

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