São Paulo / SP - terça-feira, 19 de março de 2024

Câncer Colorretal

CÂNCER COLORRETAL

O que é câncer colorretal?

É o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem o reto e o cólon (partes do intestino), podendo espalhar-se para outras regiões do organismo (metástase).

Segundo as últimas estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em termos de incidência, o câncer colorretal é a terceira causa mais comum de câncer no mundo em ambos os sexos, com padrões geográficos similares entre homens e mulheres. O câncer de reto é mais frequente em homens.

O câncer de reto é mais comum do que o de cólon. Neste último, os segmentos mais freqüentemente acometidos são o sigmóide e o cólon descendente, seguidos pelo cólon ascendente e o transverso.

O prognóstico para este tipo de neoplasia é bom quando a doença é diagnosticada em estágio inicial. A detecção precoce de pólipos adenomatosos colorretais (precursores do câncer de cólon e reto) e de tumores localizados é possível pela pesquisa de sangue oculto nas fezes e através de métodos endoscópicos, como a colonoscopia.

 
Quais são os sintomas deste tipo de tumor?

Os sinais e sintomas dependem da localização do tumor, mas inicialmente costumam ser inespecíficos. Os mais observados são:  

  • Dor abdominal.
  • Alteração do hábito intestinal (mudança da consistência das fezes e da freqüência de evacuações).
  • Sangramento anal (hematoquezia) ou melena.
  • Anemia.
  • Fraqueza (ocorre em 20% dos pacientes).
  • Perda de peso (não é um achado comum no câncer colorretal).
  • Tenesmo (sensação de defecação incompleta).
  • Náuseas e vômitos.
  • Redução no diâmetro das fezes.
  • Presença de sangue ou muco nas fezes.
  • Obstrução intestinal.
  • Tumoração abdominal, observada pelo paciente ou por médicos.

Tumores localizados mais próximos do ânus tendem a causar obstrução mais precocemente e sangramento anal. Tumores localizados no lado direito do abdome (ceco, cólon ascendente ou cólon transverso) levam mais tempo para causar obstrução. Nessas localizações o calibre do intestino é maior e o sangramento não é facilmente identificado,  já que exterioriza-se na forma de fezes mais escuras e não como sangue vivo nas fezes.


Existem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal?  

São fatores de risco para este tumor

  • Idade acima de 50 anos: tanto a incidência, como a mortalidade, aumentam com a idade. A maioria dos casos ocorre entre 60 e 70 anos de idade, enquanto casos antes de 50 anos são incomuns, a menos que uma história familiar de câncer de cólon esteja presente.
  • Pólipos: pólipos no cólon, principalmente os adenomatosos, são lesões que poderão sofrer transformação maligna, passando por atipias celulares até a degeneração para tumor. A remoção desses pólipos pela colonoscopia reduz o risco subsequente de câncer de cólon. Os pólipos hiperplásicos não demonstram poder de degeneração maligna.
  • História de câncer: pessoas com diagnóstico e tratamento prévios para câncer colorretal estão em maior risco de desenvolver este tipo de tumor no futuro. Mulheres que já tiveram câncer de ovário, endométrio ou mama têm maior risco de desenvolver câncer colorretal.
  • Hereditariedade: história familiar de câncer de cólon ou de reto, especialmente em parentes próximos antes da idade de 55 anos ou em múltiplos parentes aumentam a probabilidade de desenvolvimento desta lesão. A Polipose Adenomatosa Familiar (FAP) está relacionada a um risco de cerca de 100% de desenvolvimento de câncer colorretal por volta dos 40 anos, se não for tratada.
  • Síndrome de Lynch ou Câncer Colorretal Não Polipóide Hereditário (HNPCC).
  • Cigarro: fumantes são mais prováveis de morrer por câncer colorretal do que os não fumantes. Um estudo da Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society) mostrou que mulheres que fumam são 40% mais prováveis de morrer por câncer colorretal do que as que nunca fumaram. Os homens fumantes têm um risco 30% maior de morrer por esta doença do que aqueles que nunca fumaram.
  • Dieta: dietas ricas em carnes vermelhas, com baixo teor de cálcio, pobres em frutas frescas e vegetais, aves e peixes, aumentam o risco de câncer colorretal.
  • Vírus: exposição a alguns vírus (como algumas cepas de papilomavírus humano ou HPV) pode estar associada com câncer colorretal.
  • Baixos níveis de selênio.
  • Doenças inflamatórias intestinais: cerca de um por cento dos pacientes com câncer colorretal têm história de Colite Ulcerativa Primária. O risco de desenvolver câncer colorretal varia inversamente com a idade de início da colite e diretamente com a extensão do envolvimento colônico e a duração da atividade da doença. Pacientes com doença de Crohn colorretal tem um risco maior que a média de desenvolver este câncer, mas menor que os indivíduos com Colite Ulcerativa.
  • Fatores ambientais:
    Inatividade física: pessoas fisicamente ativas têm menor risco de desenvolver câncer colorretal.
  • Colangite Esclerosante Primária(CEP). Oferece risco independente para Retocolite Ulcerativa. Setenta por cento dos portadores de CEP apresentam também Retocolite Ulcerativa e cerca de 2,4 a 4% dos portadores de Colite Ulcerativa desenvolverão CEP.
  • Uso de hormônios exógenos: há pequena evidência da influência de hormônios endógenos no risco de câncer colorretal. Em contraste, há evidências de que o uso de hormônios exógenos como a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), Tamoxifen e contraceptivos orais podem estar associados a tumores colorretais.
  • Obesidade.
  • Sedentarismo.
  • Álcool: ingerir bebidas alcoólicas, principalmente em grande quantidade, pode ser fator de risco para o aparecimento precoce de câncer colorretal.
    Um estudo mostra que pessoas que consomem mais de 30 gramas de álcool por dia, especialmente aquelas que consomem mais de 45 gramas por dia, parecem ter um risco maior de desenvolver câncer colorretal.

Como detectar precocemente um tumor colorretal?

Segundo informações do INCA, o câncer colorretal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor.

Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Naqueles indivíduos com exame positivo deve ser realizada uma colonoscopia.

Pessoas com histórico pessoal ou familiar de câncer de cólon e reto, portadores de doença inflamatória do cólon (Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn) e de algumas condições hereditárias (FAP e HNPCC) devem procurar orientação médica.


Como é feito o diagnóstico deste tumor?

O diagnóstico da doença é feito através de biópsia endoscópica com estudo histopatológico da lesão. Ele começa sempre com uma boa consulta médica e um exame físico detalhado. A suspeita do câncer de intestino requer a confirmação de sua presença através da realização de uma colonoscopia com biópsia.

 
Posso fazer alguma coisa para prevenir esta doença?

Como prevenção é indicada uma dieta saudável e a prática regular de exercícios físicos.

Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio, folato e pobre em gorduras animais é considerada uma medida preventiva. A ingestão excessiva e prolongada de bebidas alcoólicas deve ser evitada.

As vitaminas, principalmente a C e a E, além de outros antioxidantes, diminuem a quantidade de substâncias carcinogênicas contidas nas fezes, levando a menor alteração celular e, consequentemente, menor incidência de câncer colorretal.


Como é o tratamento do câncer colorretal?

O tratamento depende do estágio em que o tumor é diagnosticado. Quando detectado precocemente, pode ser curado. Entretanto, se detectado em estágios avançados (quando metástases estão presentes) as chances de cura diminuem.

A cirurgia é o tratamento inicial, que pode ser acompanhada de quimioterapia e/ou radioterapia dependendo do estadiamento da doença e de outros fatores médicos.

O diagnóstico de câncer frequentemente resulta em uma grande mudança no bem-estar psicológico do indivíduo. Existem grupos de apoio, serviços sociais de auxílio e outros serviços que podem auxiliar nas dificuldades enfrentadas por essas pessoas.

 

Como é feito o acompanhamento do paciente com câncer colorretal?

O objetivo do acompanhamento é detectar precocemente tumores ou metástases que se desenvolvem mais tarde e que não são originárias do tumor9 inicial ou mesmo o aparecimento de pólipos adenomatosos (lesões precursoras do câncer).

Para isso, uma história clínica e um exame físico estão recomendados a cada 3 a 6 meses durante dois anos e depois a cada 6 meses durante 5 anos ou, diferente disso, segundo recomendação médica.

Geralmente, durante o seguimento são realizados consulta médica, dosagens sanguíneas de antígeno carcinoembrionário (CEA) e exames de imagem como a colonoscopia, radiografias de tórax, tomografias computadorizadas e cintilografias, dependendo da necessidade de cada paciente.  

 


Fontes:
Instituto Nacional de Câncer – INCA
National Cancer Institute  

National Institutes of Health – NIH

 

Eu indico:

Gastroenterologista e Proctologista Dr. Dorival Zito Filho - CRM 64.915.

Fones: +55 11 2965-2130 e +55 11 2965-2130 

Informações: http://renatazito.site.med.br/index.asp?PageName=Indica-E7-F5es


 

Sempre procure um médico para efetuar  

seu diagnóstico, indicar procedimentos e prescrever medicações  

 

NUNCA SE AUTOMEDIQUE OU ACONSELHE MEDICAMENTOS