São Paulo / SP - terça-feira, 19 de março de 2024

Cirurgia Íntima

Cirurgia Íntima

A cirurgia íntima feminina tem por finalidade a reparação dos órgãos genitais externos. Normalmente indicada para melhorar a satisfação com a estética intima, fator determinante da condição psicológica, autoestima, desempenho sexual e também para corrigir influencias físicas e funcionais, como algum tipo de dor, não só durante a relação sexual, mas na utilização de vestuário e na prática de alguns esportes, pela compressão da região.

 

As técnicas reconhecidas, com registro de suas indicações, evolução e complicações, são enumeradas a seguir: 

 

Ninfoplastia – Correção cirúrgica da hipertrofia dos pequenos lábios.

Causas: Constitucional, adquirida com o avançar da idade, partos vaginais, traumas, irritação, inflamação crônica, ação hormonal androgênica.

 

Himenoplastia ou Himenorrafia – Reconstituição do hímen

Normalmente indicada para pacientes cuja integridade do hímen é motivo de discriminação em virtude de valores culturais e religiosos ou que sofreram violência sexual. A reconstrução do hímen nestas pacientes atenuaria os conflitos e traumas psicológicos.

   


Colpoplastia, Colpoperineoplastia ou Perineoplastia – Reparo do períneo e da parede vaginal posterior.

Causas: Rotura perineal ocorrida pós-parto via vaginal, sedentarismo, constipação intestinal por dieta pobre em fibras e perda constitucional do colágeno do assoalho pélvico.

Mesmo nas pacientes que tiveram assistência obstétrica adequada, múltiplos partos, flacidez do assoalho pélvico, podem causar frouxidão da parede vaginal e músculos do introito vulvar. As indicações estariam relacionadas diretamente a esses fatores, que causariam granulomas de episiotomia (corte realizado no períneo no momento do parto para facilitar a passagem do recém-nascido), desvio da fúrcula vulvar, dispareunia de penetração e perda do espaço virtual vaginal.

 

A faixa etária para realização destas cirurgias é variável. A Ninfoplastia ou a Clitoroplastia por hipertrofia congênita adrenal devem ser realizadas após o término da puberdade, quando se estabelece o desenvolvimento genital e mamário.

Os procedimentos são relativamente simples, seguindo critérios cirúrgicos que buscam a preservação das funções e da anatomia da genitália externa, ficando poucas e imperceptíveis cicatrizes.

Estas cirurgias são realizadas por especialistas em ginecologia ou em cirurgia plástica, em ambiente hospitalar. As pacientes ficam em posição ginecológicas, com anestesia peridural ou local e sedação, com sondagem vesical, quando necessário, para manter a urina fora do campo operatório e são mantidas em regime de internação por período de 24 horas. O acompanhamento é feito no consultório, por pelo menos seis meses.

A cirurgia intima propicia resultados naturais, estéticos e funcionais, sem criar estigmas cirúrgicos ou diminuição da sensibilidade, não prejudicando a função sexual e propiciando a melhora do estado emocional.

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Um dos painéis do "Grande Mural da Vagina", do artista plástico inglês Jamie McCartney

Autor:    Dra. Renata Zito

Coautor: Sônia Regina Juliani

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IMPORTANTE

Sempre procure um médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e prescrever medicamentos.

As informações aqui disponibilizadas são de caráter exclusivamente informativo.